terça-feira, 29 de novembro de 2011

A guardar o que foi

"-Sabes que dia foi hoje?
-Hmmm sei…
-Não te lembraste!..
-Tu também não!..
-Pois não…. lembrei-me agora :) … espero festejar este dia durante muitos, muitos anos”

A maior parte das vezes foi assim… eu esquecia-me, tu esquecias-te… ou simplesmente fazia de conta que não me lembrava só para seres tu o primeiro a relembrar aquele dia. Hoje, queria tanto não me ter lembrado do dia que foi... Mas recordei com saudade cada bocadinho…


Obrigada por este dia...acabou eu sei...talvez nunca to tenha dito, mas fui tão feliz

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Seduce my mind and you can have my body, find my soul and I'm yours forever"

terça-feira, 25 de agosto de 2009

......

“Havia qualquer coisa em ti que me irritava e que me atraia, ao mesmo tempo. Quando eras doce e querido, ou quando essa tua loucura latente ou essa tua alegria escondida vinha ao de cima, eu queria ficar ao pé de ti, porque me davas segurança e simultaneamente sentia que deveria também proteger-te. Havia um conforto e uma paz ao teu lado que eu não sentia a muito, muito tempo, e que agora ia sentindo, aos poucos, a tomar conta de mim, como uma coisa antiga e segura, perdida lá longe, algures noutras guerras. Mas quando tu ficavas irritado e irritante, quando não querias ouvir as opiniões de ninguém e só sabias dar ordens e esperar que eu e todos á volta ficássemos esmagados pelo teu brilho e clarividência, aí eu afastava-me. Magoada contigo e irritada comigo por me deixar sentir magoada por ti. (...) eu sei que algures, mais adiante na minha vida hei-de encontrar quem esteja em casa à minha espera. Mas era agora que eu queria não sentir este vazio, não te sentir tão distante, tão longe do deserto (…) Já sei, já sei que nada dura para sempre – só as montanhas e os rios meu sábio. Mas o que fomos nós um para o outro: apenas companheiros de viajem? Não ficou mais nada lá atrás, não deixamos nada de nós os dois no deserto que atravessámos?”
(Tavares, 2009)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Acaso

"Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa a sós.
Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo.Há os que levam muito, mas há os que não levam nada.Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso. "

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Evitemos a morte

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade.
(Plabo Neruda)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Te esperaré

En tus ojos la sinceridad
y al mirarme nada.
En tu cara veo mucho amor
pero ya no hay nada más.

Siento el frío de saber
que estás tan lejos esta vez.
Y dónde has ido, no sé
si es posible volver.

Uuhhhh ¿Dónde estás?
Que no te veoUuhhhh
¿Dónde estás?

Sé que tu debes sentir
tanto miedo como yo.
Es como tener que borrar
de tu vida un color.

Uuhhhh ¿Dónde estás?
Que no te veoUuhhhh
¿Dónde estás?

Uuhhhh ¿Dónde estás?
Que no te veoUuhhhh
¿Dónde estás?

Te esperaré!
UuhhhhTe esperaré!
UuhhhhTe esperaré!
UuhhhhTe esperaré.

(Shuarma)

sábado, 2 de maio de 2009

Será

Será que ainda me resta tempo contigo,
ou já te levam balas de um qualquer inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias.
Será que fiz tudo que podia fazer,
ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul.
Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia.
Será que ainda te posso valer,
ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer.
Será que é de febre este fogo,
este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti,
ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri.
Será que lá fora os carros passam ainda,
ou estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda.
Será que a cidade ainda está como dantes
ou cantam fantasmas e bailam gigantes.
Será que o sol se põe do lado do mar,
ou a luz que me agarra é sombra de luar.
Será que as casas cantam e as pedras do chão,
ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.
Será que sabes que hoje é domingo,
ou os dias não passam, são anjos caindo.
Será que me consegues ouvir
ou é tempo que pedes quando tentas sorrir.
Será que sabes que te trago na voz,
que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós.
Será que te lembras da cor do olhar
quando juntos a noite não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra
que te prende com a força do mar contra a barra.
Será que consegues ouvir-me dizer
que te amo tanto quanto noutro dia qualquer.
Eu sei que tu estarás sempre por mim
não há noite sem dia, nem dia sem fim.
Eu sei que me queres, e me amas também
me desejas agora como nunca ninguém.
Não partas então, não me deixes sozinho
Vou beijar o teu chão e chorar o caminho.
Será,
Será,
Será!

(Pedro Abrunhosa)